Quanto maior o percentual de músculos (massa magra) em nosso corpo mais fácil será a queima da gordura (massa gorda) e, consequentemente, a perda de peso e medidas. Isso ocorre porque o tecido muscular consome mais energia e nos faz gastar mais calorias.
No entanto, de nada adianta buscar a perda de gorduro por meio do ganho de massa muscular e o meio escolhido para alçancar este resultado não for saudável.
O aumento da massa muscular, ou seja, a hipertrofia, provoca um crescimento visível da musculatura e pode ser alcançado por meio de exercícios físicos direcionados por profissionais bem preparados. A hipertrofia não se deve somente à musculação, podendo acontecer também com exercícios aeróbicos e com exercícios funcionais e integrados, contudo, a principal forma de consegui-la são os treinos de força.
“Não existe um exercício mágico, mas as diretrizes encorajam o uso de exercícios multiarticulares como supino, agachamento, levantamento terra (exercício de treinamento com pesos), entre outros”, explica Diogo Rodrigues, sócio e um dos fundadores do TIBRA – Treinamento Integrado Brasil.
O exercício físico faz com que o organismo crie músculos a partir de estresse metabólico e mecânico. O corpo pode induzir o crescimento desses músculos por meio da lesão no tecido muscular (no caso do exercício) ou também responder a hormônios como a testosterona. É por essa razão que os homens criam músculos mais facilmente do que as mulheres, já que possuem aproximadamente trinta vezes mais testosterona que elas.
O treino de hipertrofia não costuma ser simples, mas mesmo assim, muitas pessoas costumam fazer sem o acompanhamento adequado. “Os erros mais cometidos na prática do exercício para se ganhar massa muscular estão na periodização e planejamento do programa de treinamento, na progressão da carga, na técnica da execução, que pode ser feita errada, e o treino desequilibrado, ou seja treinar mais algum grupo muscular do que outros”, conta Diogo.
Além desses erros, o abuso de drogas para conseguir resultados supra fisiológicos pode trazer problemas de saúde, e principalmente ao coração. Porém, se bem realizado e com o apoio apropriado o indivíduo está apto a buscar músculos maiores, lembrando que para ser considerado saudável a pessoa deve ter de 10 a 19% de gordura para homens e 16 a 22% para mulheres, independente do volume muscular.
Solicitamos a ajuda dermatologista Dra. Thais Pepe para nos explicar porque se formam na pele, principalmente das mulheres, as indesejadas estrias e como os temidos risquinhos brancos podem ser evitados.
“As estrias se formam pela perda do colágeno na derme, que é o local que sustenta a pele. Existe um rompimento de fibras colágenas e elásticas pelo estiramento do local. Após o rompimento destas fibras ocorre um sangramento e assim, aparecem as estrias rubras, após a cicatrização do local elas ficam brancas. As estrias, na verdade, são cicatrizes na pele”, explica Dra. Thais, que é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Segundo um estudo publicado no Journal Of The European Academy od Dermatology and Venereology, as estrias acometem principalmente mulheres grávidas e adolescentes. Quanto mais jovem a mulher engravida, maior a chance de desenvolvê-las pois a pele é menos elástica.
Em peles morenas ou negras os cuidados preventivos devem ser ainda maiores. Essas pessoas possuem uma maior quantidade de melanina que auxilia na proteção contra os raios solares, porém tornam as estrias mais aparentes e mais difíceis de tratar.
A prevenção
Existem algumas formas de prevenir a formação das estrias. Uma delas é evitar a variação constante de peso, o chamado “efeito sanfona”. Engordar e emagrecer repetidas vezes pode favorecer o aparecimento das estrias pelo estiramento da pele.
Hidratar abundantemente a pele e o uso de cremes com derivados de retinóides (substâncias naturais ou sintéticas da vitamina A) também é bastante eficaz.
Também não podemos esquecer da alimentação, exagerar no consumo de gorduras e carboidratos simples (açúcares e doces), tomar pouca água e abusar do sal são hábitos que também dificultam a troca de líquidos no organismo, favorecendo a retenção de resíduos tóxicos e provocando estrias e também celulites.
E se elas já estão lá?
É possível recuperar completamente a região afetada e, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor o resultado final. Uma novidade é a radiofrequência microagulhada Eletroderme, que traz microagulhas de ouro que penetram profundamente na pele, promovendo coagulação, aquecimento e reorganização das fibras de colágeno (danificadas pela acne).
Neste tratamento, as agulhas ultrapassam a epiderme, emitindo ondas eletromagnéticas apenas nas camadas mais profundas da pele, preservando a superfície. Isso faz com que o aquecimento chegue até a 70ºC, estimulando a produção de colágeno e refazendo as fibras rompidas. Durante o procedimento, que dura em torno de 40 minutos, o paciente pode sentir leve aquecimento no local. Para que os resultados sejam satisfatórios, são necessárias, em média, três sessões com intervalos mensais.
Este é apenas um exemplo dos diversos tipos de tratamento oferecido em clínicas médicas e de estética. Cada corpo e tipo de organismo pode responder de forma diferente a cada um deles, por isso, converse sempre com o seu médico.
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A nutricionista Elaine de Pádua explica que adieta do jejum intermitente é uma prática que envolve a restrição total ou parcial do consumo de alimentos, consequentemente de energia. De acordo com a profissional, o jejum intermitente pode ser praticado de diversas formas: todos os dias, dia sim, dia não, a cada 3 dias ou entre outros intervalos. “A dieta pode durar, 12, 16 ou 24 horas. Estudos sugerem que, ao realizar essa restrição, ocorre uma perda de peso substancial (5-10% do peso corporal inicial), em apenas 8 a 12 semanas”, comenta a especialista.
A nutricionista indica a dieta para pessoas que já seguem uma alimentação equilibrada há um tempo e, especialmente, aquelas que seguem uma dieta com baixa ingestão de carboidratos. O jejum mais comum é o de 12 horas, nele o indivíduo realiza a última refeição do dia anterior, dorme por aproximadamente 8 horas e, depois, fica mais 4 horas sem se alimentar pelo período da manhã. “No período de jejum, o indivíduo pode ingerir somente água, café ou chá”, explica Elaine.
Em um estudo realizado em 2013, indivíduos com IMC variando entre 20 a 29,9 kg/m2 foram divididos em dois grupos: os que fizeram jejum intermitente e os que fizeram o jejum sob controle. O jejum foi realizado dia sim, dia não. Os resultados do grupo de jejum intermitente chamaram a atenção: redução de peso (-5,2 kg), redução de LDL, triglicerídeos, pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica e diminuição da leptina (hormônio responsável pela sinalização da saciedade).
“A dieta pode levar a alterações no hipotálamo, redução da depressão, aumento de concentração e diminuição da ansiedade, e é importante destacar que antes de começar a prática, deve-se procurar um profissional para orientação correta”, completa Elaine que é pós-graduada em Nutrição nas Doenças Crônico-Degenerativas pelo Instituto de Pesquisa e Ensino do Hospital Israelita Albert Einstein, Especialista em Adolescência para equipe multidisciplinar pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, pós-graduada em Nutrição Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul, e atualmente é mestre pela UNIFESP. Também é autora do Livro “O que tem no prato do seu filho?”, Editora Alles Trade.
Os números de adultos obesos no Brasil aumentam a cada ano e, consequentemente, o número de pessoas em busca de uma solução para a perda de peso também cresce.
As alternativas disponíveis vão desde a reeducação alimentar e exercícios físicos até às intervenções médicas mais radicais como a cirurgia bariátrica.
Porém, antes de se partir para a mesa de operação é importante estar muito bem informado sobre o procedimento, suas variantes, indicações, contra-indicações e restrições durante o período de recuperação.
Tudo o que você precisa saber antes de pensar na cirurgia bariátrica
“A cirurgia bariátrica possui diferentes tipos de procedimentos operatórios, no entanto basicamente com o mesmo objetivo, a redução do estomago e, consequentemente, a diminuição de sua capacidade de ingestão e armazenamento de alimentos que levam o indivíduo a emagrecer de forma rápida e em grande volume”, explica o Dr. Ricardo Staffa, especialista e Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, e gastroenterologista da Clínica GastroInclusive.
Tipos de cirurgias bariátricas mais conhecidas
Restritivas: diminuem o tamanho da capacidade do estômago, pela retirada de parte do órgão ou por colocação de próteses como a banda gástrica ajustável, o balão intragástrico e a gastroplastia vertical (também chamada de “sleeve gástrico”).
Mistas: O cirurgião se utiliza de mais de um tipo de procedimento de redução do tamanho do estômago e de desvio do trânsito intestinal, ocasionando a redução da ingestão e a diminuição da absorção dos alimentos.
Riscos da cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica oferece riscos como qualquer outro procedimento operatório. “O índice de complicações severas, que podem requerer alguma intervenção, como tratamento clínico ou mesmo reoperações, é em torno de 1 a 2%. Essas complicações estão mais associadas à presença de doenças associadas, como diabetes, hipertensão, apneia do sono, entre outras, que devem ser equilibradas antes do procedimento”, explica Dr. Ricardo Staffa.
É importante lembrar que a cirurgia bariátrica não é a cura definitiva para obesidade do paciente e usada de forma isolada. A obesidade é uma doença crônica, com origem em diversos fatores, os quais precisam ser manejados em conjunto, por toda a vida. Por isso, é importante uma investigação profunda do indivíduo antes do procedimento, ponderando as mudanças associadas à cirurgia e a capacidade do paciente de aderir a elas no pós-cirúrgico.
Isso significa que o tratamento não termina na mesa cirúrgica. O procedimento é apenas parte do tratamento. O que vai resultar na manutenção da perda de peso é o comprometimento do paciente, que deve seguir com a adoção de hábitos saudáveis, alimentação balanceada, prática de atividade física e seguir com acompanhamento com psicólogo, para entender seu novo corpo e se adaptar a ele, e com endocrinologista e nutricionista, para seguir com a dieta e suplementação necessárias.
Pós-Operatório
O Dr. Amélio F. de Godoy Mattos, Chefe do Serviço de Nutrologia e Metabologia do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que os cuidados pós-operatórios variam de caso a caso, mas há uma regra geral: “avaliação clínico-laboratorial com exames de sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia e ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia digestiva e pesquisa de H. Pylori e avaliação de função respiratória que será quão mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso. Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio a cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica”.
O maior problema destas cirurgias a longo prazo é a desnutrição. “Um déficit de vitamina B12, embora não haja déficit de outras vitaminas ou de algum macronutriente. Casos de desnutrição são comuns. Em pacientes com desnutrição grave é necessária a internação. É obrigatório a suplementação com vitaminas e, frequentemente, temos que repor mais a B12. O ferro também é necessário com frequência”, conta Dr. Amélio F. de Godoy Mattos.
Por isso, além de todas esses detalhes, antes de buscar uma cirurgia bariátrica é importante saber que sua recomendação é para pacientes com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 40, ou igual ou maior que 35, caso ele tenha comorbidades associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão, dislipidemias. A cirurgia também é indicada em pacientes com idade entre 18 e 65 anos e história de tratamentos clínicos, por pelo menos 1 ano, sem sucesso.
Em todos os casos existem duas perguntas a serem respondidas:
1) o paciente está dentro dos critérios de indicação?
2) há algum critério de contra-indicação, tais como doenças graves como cirrose hepática, doenças renais, psiquiátricas, vícios (droga, alcoolismo), disfunções hormonais, etc?
“Em todos os casos o paciente deverá, obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades, riscos e limitações de cada cirurgia. Ele deverá participar de reuniões com a equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da sua decisão”, alerta Dr. Mattos.
Por Antonio Montano
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